quinta-feira, 23 de abril de 2009

Se eu fosse você

Braz Melo (*)

Esta semana o filme “Se eu fosse você” bateu o recorde de bilheterias de filme nacional mais assistido. Ultrapassou a bilheteria de “2 filhos de Francisco”, aquele filme que conta a vida de Zezé de Camargo e Luciano, que assisti e chorei bastante. E tem gente que é doido para fazer coisas que nunca pensou em fazer, acreditando ser fácil. Pelo filme vimos como esses grandes cantores sertanejos sofreram para ter a fama que tem hoje. Os trouxemos na inauguração do asfalto no bairro Ouro Verde em 1991. Eles estavam iniciando seu grande sucesso. Eles eram tão novos e não aparentavam que tinham sofrido tanto.
Não gostei muito do “Se eu fosse você”, talvez pelo enredo, pois os artistas Toni Ramos e Gloria Pires são espetaculares.
O nome do filme nos dá condições de imaginar, no cotidiano, diversas idéias diferentes daqueles que tem obrigação de fazer muita coisa.
Imaginem quantos auxiliares gostariam de dizer para o chefe: - Se eu fosse você... Faria desta maneira. Mas a grande maioria não tem coragem ou nem quer se meter.
E no futebol? Quantos palmeirenses gostariam de dar opinião ao Vanderlei Luxemburgo. E o Dunga? Esse nem se fala. É um Brasil inteiro dando opinião quem ele deve escalar. Há tempos atrás teve até um personagem do Jô Soares, que ligava para o Telê Santana e mandava: ”Bota o ponta, Telê...”.
Imaginem quantos gostariam de falar isso com o Presidente da Republica?
Com o Prefeito, por estar mais próximo de nós, temos mais esta oportunidade. Mesmo tendo muitas tarefas a cumprir, e que o inicio é muito corrido, espero que algum assessor leia e passa para ele.
Se eu fosse você, procuraria evitar mudar nomes de prédios públicos como o que saiu o fez e você acabou de fazer. Antigamente era o Hospital da OMS. Passou para Hospital Regional e que mais tarde mudou para Hospital Maria Aparecida Pedrossian, que depois mudou para Hospital da Mulher, que passou para Hospital de Traumas e a poucos dias você mudou para Hospital da Vida. É muita mudança pra atender tão pouco, não acha?
Falo tão pouco, porque outro dia estive no Parque das Nações 2 e o posto de saúde estava fechado na hora do almoço. Quer dizer que ninguém pode adoecer das 11 às 13 horas? Só falta mandar uma lei para aprovação dos vereadores para que isso seja obrigatório. Se eu fosse você, mandaria uma turma entrar duas horas depois dos outros, para que na hora do almoço tivesse alguns funcionários para atender a população. Assim teria gente atendendo pelo menos durante o expediente normal, enquanto não dá para cumprir sua promessa de campanha de atender 24 horas.
Esses dias atrás teve um simpósio na UEMS/UFGD e foi discutido sobre residências medicas aqui em Dourados. Eu já tinha abordado este assunto em 19/03/09 no artigo “Os novos médicos de Dourados”. Espero que alguém da Secretaria Municipal de Saúde tenha ido lá e discutido com o palestrante de São Paulo e os diretores da Faculdade de Medicina.
Fiquei sabendo que vão fazer galeria de águas pluviais no bairro Cachoeirinha. Se eu fosse você pediria para que no projeto estudassem a passagem da travessia da estrada que liga a Ponta Porã e também a que liga a Caarapó, pois pode criar um gargalo nesses locais e represar a água da chuva. Aquela travessia foi feita há muito tempo e não tinha nada impermeabilizado (asfalto) naquela região.
Mas isso, se eu fosse você...

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