quinta-feira, 30 de abril de 2009

As Rotatórias e o trânsito de Dourados

Braz Melo (*)

Muita gente pensa que as rotatórias que implantamos em Dourados trouxemos a idéia da Alemanha. Mas foi uma idéia que copiamos de Goiânia, uma das poucas capitais brasileiras planejadas.
No início, muita gente estranhou. Uns achavam que os caminhões não conseguiriam fazer a curva. A maioria acreditava que teriam muitos acidentes ali.
Lendo a coluna Informe C do meu amigo tricolor das Laranjeiras, Cícero Faria, reclamando providencias para novo estudo do transito de nossa cidade e dando a entender que algumas rotatórias estariam atrapalhando o transito em Dourados. Que elas já prestaram o serviço que poderiam prestar, aproveito para discordar em parte.
Só para ilustrar, conheço além de Goiânia, rotatórias em Brasília, Londrina e Maringá aqui no Brasil. Todas cidades planejadas.
A vantagem das rotatórias é que elas diminuem a velocidade do transito, sem serem necessário os quebra molas, que na administração passada daqui de Dourados foram implantados indiscriminadamente. Ela dá condições aos motoristas poderem dobrar a esquerda sem problemas. E nas horas de pouco transito, principalmente à noite, o motorista não tem que esperar o sinal abrir, pois é a hora apropriada para assaltos.
Outra vantagem das rotatórias é a de poucos acidentes em relação às encruzilhadas com semáforo. E no caso de acidentes, é por culpa do motorista, principalmente por alta velocidade.
Realmente existem rotatórias que precisam de mudanças no entorno delas. Uma é a da estatua do Getulio, esquina das Avenidas Presidente Vargas com Joaquim Teixeira Alves, pois o estacionamento no canteiro central em frente dos Bancos Bradesco e Itaú cria a maior confusão na hora do pico do horário bancário. Nesta rotatória passam menos carros do que na da Marcelino com Nelson de Araujo e nesta não tem esse engarrafamento. Porque não tem estacionamento central. Naquela deveria arrancar o canteiro central e obrigar os carros a só irem para frente. Nestes locais seria proibido sair de ré. É este o maior problema ali, além de deslocar o semáforo da esquina com João Candido Câmara para mais para frente, pois liberaria os carros à direita nesta rua. Em algumas cidades que tem essas rotatórias já implantaram este sistema, que funciona muito bem.
As duas maiores rotatórias de Dourados precisam ser mais bem iluminadas, ou melhor, só falta substituírem as lâmpadas queimadas. A do Monumento ao Colono, que há oito anos está completamente a escuras e que colocaram um baita de um quebra molas desnecessário na sua entrada. Já a Rotatória da Bandeira, na Praça Walter Guaritá, que também há oito anos está com as luzes apagadas, cometendo um crime, pois a bandeira nacional não pode ficar no escuro (Lei 5.700; art.15 & 3). Inclusive a bandeira que lá se encontra parece a da retomada de Corumbá, de tantos furos e rasgos.
Tem que se pensar também nas ciclo faixas, pois em todo lugar do mundo que é feita na rua tem de ter uma calçada de pelo menos 80 centímetros dividindo-a da pista de rolamento dos carros. Com calçadas largas como a nossa, é mais fácil remove-las para as calçadas. È bem menor uma batida entre uma bicicleta e pessoas do que com um carro.
Outra modificação é sobre as caçambas de entulhos. Deveriam passar para calçadas também, pois se tem alguém que deve ser incomodado é o que precisa deste utensílio. Porque todos devem ser incomodados? E diminuiriam os acidentes graves que tem acontecido em Dourados entre carros e principalmente motos com as caçambas de entulhos.
Tem outro problema sério em nosso transito que são os cruzamentos de 100 em 100 metros. Além de aumentar o risco de colisões, vai ser um “Deus nos acuda” o dia que for resolver este problema, fechando 2 ou 3 ruas no canteiro central da Marcelino Pires e deixando só uma aberta, mas esse assunto é para outro dia.

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