segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Chove chuva

Braz Melo (*)

A música “Chove chuva” de Jorge Ben quase todo mundo com mais idade conhece. Mas não é dela que vou focar no assunto hoje, e sim da chuva que todos os douradenses estão esperando e ela teima em não vir.
Os agricultores, na sua grande maioria, já perderam o primeiro plantio, e se não chover logo, podem perder a segunda e ultima chance de colheita desta safra.
Estou escrevendo este texto dia 20 de dezembro. Dia de Dourados. Dia em que o governador Mario Correia assinou o decreto criando esse município há setenta e três anos. Como os meus artigos saem às quintas feira, e hoje ainda é sábado, quando publicado, espero estar “chovendo no molhado”.
Crise? Que crise? Só aquela que vemos no Jornal Nacional, que falam que está acontecendo nos Estados Unidos e no resto do mundo. Aqui, crise é só de chuva. Sobre a crise de lá, não creio que Dourados vá sofrer com ela. Só se não chover, pois aqui estamos preparados para nem se lembrar dela.
As grandes indústrias que temos aqui estão consolidadas e foram criadas há quase vinte anos, com as preciosas ajudas do Waldir Guerra, quando Secretário de Indústria e Comercio e Flavio Derzi, como Secretario de Agricultura do Estado. E claro com a anuência do Governador Marcelo Miranda e do vice George Takimoto.
Hoje somos um município que além do agro-indústria, somos um pólo prestador de serviços e uma cidade com diversas universidades. Para ter crise, teria de atingir pelo menos dois desses segmentos.
A única dificuldade que podemos ter é no setor sucroalcooleiro que está iniciando, mas será geral, não especifico de nossa região.
Na prestação de serviços, acima da Avenida Weimar Gonçalves Torres até a Rua Ponta Porã, vocês já notaram que está se transformando em só clínicas e consultórios? E da Rua Joaquim Teixeira Alves até a Rua Cuiabá, pela proximidade do fórum, funciona os escritórios de advocacia. Os nossos profissionais liberais daqui atendem todo o sul do estado e até o Paraguai.
Preocupados devem estar os corumbaenses, que mesmo passando Dourados em arrecadação de ICMS por causa da mineração e dos royalties do gás, em novembro já deu férias coletivas a MMX , industria metalúrgica que ajudou a alavancar estes índices.
Três Lagoas também acredito que poderá ter problemas, pois estava se preparando para conseguir grandes indústrias, como fizemos vinte anos atrás, e antes de ter seu desejo concluído, chegou a crise mundial.
Em Dourados, nas festas e outras rodinhas que se formam nessa época do ano, só falam na saudosa chuva.
Aqui, não se falam nem do prefeito que está entrando, nem do que está saindo. É só da falta de chuva que se fala.
E lembro que há alguns anos chovia muito mais do que atualmente. Aqui começava a chover em novembro e ia até março. Mudaram até a nossa data da exposição de gado, que era em novembro e passou para maio por causa da dita cuja.
Uns falam que é por causa do desmatamento. Outros falam que depois que foi construída a Usina de Itaipu, nós ficamos numa região que passou a chover menos. Chove mais perto do lago de Itaipu e aí só em Maracaju, em Nova Alvorada, mas não chove aqui. Ficamos na faixa de pouca precipitação pluviométrica.
Até nos cultos, e acredito que também nas missas, é pedido para que façamos orações para que chova.
De nossa parte, estamos orando para que venha a chuva o mais rápido e que todos possam passar um fim de ano feliz, pedindo a Deus que continue a abençoar nossa cidade e todos que vivem nela.
E que 2009 seja um ano esperado por todos, como ano de boas novas. E com bastante chuva, “pero no mucho”.

Um comentário:

  1. Braz

    Faço minha suas palavras de oração por Dourados e pela chuva.
    Um beijo pra vc,
    um bom Natal pra vc e pra sua família.
    Te admiro. Sempre admirei.

    Edivana.

    P.S. minha mae mandou te avisar que apressou-se em regularizar o título, na época de sua candidatura, apenas para votar em você.

    ResponderExcluir