quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Obras Marcantes

Braz Melo (*)

Existem obras importantes que ajudam a resolver os problemas das cidades. Para que isso aconteça, o prefeito deve se cercar e ir atrás de empresas e pessoas que têm experiências das necessidades de sua cidade.
Na década de 70, ao assumir a Prefeitura de Dourados, o José Elias contratou o escritório do arquiteto Jaime Lerner, para fazer o primeiro Plano Diretor de nossa cidade. Até a pouco tempo, era a lei municipal que estabelecia diretrizes para a ocupação da cidade. E muitas das mudanças de nossa estrutura urbana, devemos a êle.
No inicio do novo século, na administração Tetila, foi feito um novo plano diretor, que hoje está em vigência.
Jaime Lerner não tinha entrado na politica ainda. Depois foi prefeito de Curitiba por duas vezes e governador do Estado do Paraná. Como prefeito ele revolucionou a cidade de Curitiba, transformando-a em um laboratório de experiências que encantou o Brasil e o mundo.
Quando o Jaime Lerner esteve em nossa cidade, o prefeito José Elias, convidou todos os engenheiros e arquitetos da cidade para participarem da explanação do arquiteto na Prefeitura. Eu participei da reunião e ele convenceu a todos os presentes das mudanças previstas em seu plano.
Foi aí que surgiu a ideia de diminuir a largura de nossas ruas que ainda não tinham asfalto, aumentando a extensão das calçadas. Calçadas que assim é chamada, quando o poder público quer que o proprietario seja o responsavel pelas benfeitorias e cuide dela.E quando quer que sirva aos orgãos públicos a chamam de passeio público. Como Dourados eram previsto as avenidas em todas vias paralelas à Avenida Presidente Vargas, fazendo esta mudança, seria feito o dobro do asfalto com o mesmo recurso.
Também foi nessa época que pensou-se pela primeira vez nas pessoas que usavam bicicletas para seu transporte. E as ciclovias já eram projetadas pelos passeios públicos.
Outra obra importante projetada nesta epoca foram os lagos dos parques Arnulfo Fioravante, na região da Rodoviaria e Antenor Martins, no Flórida. Estas obras foram projetadas para que as galerias de águas pluviais tivessem um local para serem despejadas, pois como nós não temos rios, teriamos uma tubulação muito maior em extensão e diametro até chegarmos em algum local para fazer a descarga das águas a céu aberto.
O lago da rodoviaria recebe águas das chuvas da rua Hayel Bon Faker até ao Ubiratan, vindas desde a Rua Ponta Porã. É muita água.
Quer ver como tem água, vá no final da Rua Cuiabá, já chegando no lago, em dia de chuva forte e veja a célula construida pelo prefeito José Elias, para captar as águas à esquerda dessa bacia. Nesta célula cabe um caminhão dentro. Tive a oportunidade de fazer a complementação desse serviço, pois a água estava criando uma erosão enorme no fim da célula.
Imagina se não tivesse esse lago para funcionar como remanso. Já teria uma erosão maior do que teve em Gloria de Dourados do meu irmão José de Azevedo, que ao ve-la de avião, o Ministro Rangel Reis disse que era mais barato mudar a cidade de lugar do que tapar aquela erosão.
Meses atrás, ao encontrar com o prefeito Ari Artuzi na ACED, o lembrei, que aproveitando os recursos que ele conseguiu para drenagens e galerias pluviais, para que ele fizesse o que o Jaime Lerner bolou há trinta e poucos anos e que para o resto da vida, os douradenses vão lembrar do prefeito José Elias. Falei também que aproveitasse a oportunidade ao conseguir este recurso e construisse o Parque Ecológico do Parque das Nações, entre os bairros João Paulo ll, Jardim Marcia, Vila Guaraní, Parque das Nações l e rodovia BR-163. Gastaria menos dinheiro com galerias, teria um local para receber toda a água desde o Ubiratan até o Potreirito e daria de presente àqueles moradores uma área de lazer especial. Um novo parque na cidade. Quem fizer será lembrado por muito tempo.

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