quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Perimetral Norte

Braz Melo (*)
Nos últimos meses temos assistidos a uma discussão imensa sobre o trecho que desvia o transito pesado de dentro de nossa cidade.
A perimetral Norte foi idealizada a quase 20 anos atrás, quando no meu primeiro mandato (1989 a 1992) sentimos a necessidade de projetar esta artéria que evitaria caminhões passarem por dentro de Dourados.
As estatísticas do DNER (hoje DNIT) na época informavam que o fluxo de veículos na entrada/saída de Dourados passava de 7.500 veículos/dia. Mais do que a entrada de Campo Grande. E uma boa parte desses veículos era obrigado a passar pelo centro da cidade para ir até Itaporã, Maracaju, Jardim, Bonito e Bela Vista. Era o caminho mais curto.
Na época foi feito um estudo preliminar e o desvio passaria pelo travessão do Castelo e chegaria até a Avenida Presidente Vargas, pela Rua Suécia (chegava até a Escola Municipal Pedro Palhano). Dalí iria até a cabeceira do Laranja Doce e passaria pelo hoje Hospital Universitário e iria até a BR-163, na entrada da estrada de Laguna Carapã.
Muita coisa mudou desde esse tempo. O Governador Wilson Martins asfaltou a estrada de Rio Brilhante a Maracaju (que passou a ser a nossa grande perimetral norte) e o Governador Pedro Pedrossian fez o asfalto de Douradina a Itaporã (a menor perimetral norte). Com isso a maioria dos caminhões que vinham de São Paulo e passavam em Dourados para irem até Maracaju e Bela Vista passaram a usar a rodovia Rio Brilhante - Maracaju, com isso economizando muitos quilômetros em relação ao trajeto por Dourados. Por isso hoje são poucos os veículos que fazem o trajeto passando por Dourados vindo de Rio Brilhante..
Em compensação, as rodovias de nosso estado que ligam nossa região ao Paraná foram ampliadas e melhoradas as existentes. Diminuíram as distancias para o sul passando por aqui. Com isso aumentou o fluxo de caminhões em Dourados para esta região.
Em conversa com o Asturio Dauzaker há meses, já externei essa idéia e creio que a Prefeitura de Dourados já tem noção de quantos veículos fazem esse trajeto. É só fazer a estatística em frente a escola Pedro Palhano, que vão ver que a grande maioria dos caminhões que passam por ali vão e vem do Paraná e sul do Brasil.. Acredito que mais de 90 %.
O trecho da perimetral mais importante hoje é a Noroeste, que liga a Avenida Presidente Vargas à Avenida Guaicurus, na rotatória que liga o Hospital Universitário. O governo já está fazendo a ligação deste trecho com a rodovia que vai para Laguna Carapã. Além de passar mais veículos, é a ligação de duas rodovias estaduais. Obrigação do Governo Estadual.
No outro trecho, ninguém vai fazer 14 quilômetros de rodovia para passar poucos veículos por dia. Creio que este primeiro trecho (o Nordeste) deve ser diminuído, entrando ali perto do Monumento ao Colono e passando pelo Canaã 1, atravessando o Laranja Doce na Vicinal que chega na rua Suécia ou até entrando na Rua D. João VI. E talvez deixado para uma segunda etapa.
Além de estar duplicando a Rodovia que liga Dourados a Itaporã, o que vai congestionar ainda mais a Avenida Presidente Vargas, o Governo do Estado tem de dar solução para esse problema. Quando começaram a falar em duplicar esta estrada não pensaram no transtorno que causaria na entrada de Dourados, assim como a de Itaporã, que será necessário um desvio também.
Não adianta fazer a duplicação da rodovia Dourados-Itaporã sem ter saída do fluxo dos veículos nas pontas dos trechos. Se terminarem esta obra sem as perimetrais (a de Dourados e de Itaporã) vai só piorar o fluxo de veículos nestas cidades.

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