sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Entre o CEU e a Terra- 30/10/2008

Muitas pessoas me perguntam sobre o CEU. Não o Céu que buscamos ao seguir os mandamentos de Deus para conquistarmos a vida eterna, mas o CEU escola, que fizemos em Dourados.
Assistindo ao debate dos candidatos a prefeitura de São Paulo, pela TV Record, pude ver como a candidata Marta Suplicy defendia seu projeto, das escolas unificadas com o mesmo modelo de Dourados. E o engraçado é que sendo do PT, não seguiu seus companheiros douradenses de partido, que omitiram o nome CEU, talvez para não se lembrarem das coisas boas do passado.
O atual prefeito de São Paulo, Kassab, informava que o CEU que ele e o Serra construíram era melhor do que o dela. Enquanto o candidato petista de Dourados prometia que se eleito, as crianças ficariam mais tempo na escola. Como funcionavam os CEUS de Dourados.
Aqui, o PT deixaram apagadas durante os sete anos e nove meses de sua administração as luzes do Monumento ao Colono. Além de não mostrarem a beleza do monumento, quantos acidentes aconteceram naquela rotatória por falta de iluminação? Também deixaram no escuro a bandeira brasileira da Praça Walter Guaritá ( Saída de Caarapó), que por lei tem que ser iluminada à noite (Crime conforme Art.15 § 3º da Lei nº 5.700, de 1 de setembro de 1971). E ainda encolheram a nossa bandeira.
Quando assumimos a prefeitura em 1989, Dourados tinha um déficit de 10.000 vagas na escola fundamental. Os bairros se multiplicavam pela periferia e as escolas na sua grande maioria, se localizavam nos bairros centrais de nossa cidade. Planejamos construir escolas que pudessem atender as crianças perto de sua casa.Não poderíamos copiar os CIEPs de Brizola nem os CAICs do Collor, pois eram projetos inviáveis para nossa realidade. Tanto pela sua grandeza quanto pelo seu custo. Como se sentiria uma criança do Parque das Nações II numa suntuosidade daquelas? Até teria medo de entrar.E era tudo com recurso próprio.
Precisávamos de um projeto que contemplasse salas de aula, creche, quadra coberta, refeitório, um local que funcionasse como teatro, tratamento médico e principalmente dentário, mas que não fosse muito diferente de sua casa. Por isso optamos pelo tijolo aparente.
As crianças ficavam mais tempo na Escola. Os que estudavam de manhã entravam às 7 horas e saiam às 15 horas. Os que estudavam de tarde chegavam às 9 horas e saiam às 17 horas. Oito horas na escola. Tudo isso foi estudado, mas uma coisa foi decidida antes de tudo: o nome. Foi escolhido CEU.
Então é que fomos escolher o que realmente representavam aquelas siglas: Centro de Educação Unificada. O nome era apropriado, pois ali funcionaria escola, creche, saúde e esporte.E nessa época, Dourados não tinha sequer uma quadra coberta publica.
Fizemos o primeiro CEU no Jardim Santa Brígida. Depois no Jardim Água Boa, João Paulo II, Parque das Nações II, Jardim Clímax, Maracanã, Quarto Plano, Reserva Indígena e Cachoeirinha. Contemplamos todas as regiões da cidade. E fizemos o Ginásio de Esportes Municipal Ulisses Guimarães e o Pavilhão de Eventos Mauro Rigotti, que há muito tempo está completamente abandonado.
Foram feitas tantas salas de aulas quanto todos os administradores tinham feito anteriormente. Zeramos o déficit escolar.
Na segunda administração fizemos o CEU do Jardim Flórida, mas um segmento estava faltando: atender os excepcionais. Foi quando tivemos a oportunidade de fazer a escola da Pestalozzi, inaugurada em 20 de dezembro de 2000.
Mas porque CEU? Fomos criados desde o nascimento com a idéia que o melhor é o Céu. Ninguém quer ir para o inferno. Nem os pecadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário