quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Lições desta Eleição- 09/10/2008

Lições desta Eleição

Braz Melo (*)

Acabaram as eleições e aprendemos novas lições. É um eterno aprendizado. Felizes aqueles que aprendem com isso. Não só aprendem os que perdem, mas o que ganham também.
Aqui em Dourados, tivemos uma grande lição.
No inicio, poucos acreditaram na candidatura do deputado Ari Artuzi. Quando ele decidiu ser realmente candidato, após a surpreendente votação para deputado estadual, levaram-no para o PMDB com o intuito de monitorá-lo. Entrou por vias indiretas (Via Campo Grande), não agradando o diretório municipal do PMDB, porém em pouco tempo, com sua simplicidade e trabalho, já tinha conquistado quase todo o diretório municipal. Como o projeto da cúpula estadual não era fazê-lo prefeito, menosprezaram-no e fizeram tudo para desmoralizá-lo. Tentaram fazê-lo de gato e sapato, mas quando sentiu do que estavam tramando contra ele, foi para o PDT. E só foi por sentir que o estavam realmente fritando em fogo brando.
Com a história de que o Governo do Estado nunca ter perdido quem apoiava para a prefeitura daqui, acreditavam que ele não agüentaria a pressão de cima para baixo. Ledo engano.
Enquanto os outros pensavam o que fazer, ele já tinha feito há muito tempo. Continuava a conversar com o povo e desde então já pedia seu voto. E ele era o único a defender o povo sofrido que em oito anos tinha perdido o direito de ter uma simples consulta médica em poucos dias. A filha de nossa empregada ficou um ano para ter uma consulta de vista. E quando a lâmpada queima no poste em frente a sua casa, não mais se troca em 24 horas. A própria recepcionista da Secretaria de Serviços Urbanos informava que o prazo para trocá-la era de dez dias. As lâmpadas da frente da minha casa estão há dois anos apagadas.
A administração atual acreditava que estava tudo bem, o que acredito que seus responsáveis há muito tempo não vão à feira livre ou a um campo de futebol. Só foi entender quando abriram as urnas e seu partido que tinha quatro representantes, ficou com um vereador só. Assim mesmo, pela sobra e “sub-judice”. E com a menor votação dos que entraram.
E a proporção de 75% de renovação também foi para a Câmara como um todo. Só três voltaram.
E o PMDB do governador que poderia ter feito o seu prefeito, com a saída do Artuzi foi atrás da Bela Barros para compensar sua falta, e não sei por que, deixou escapar o Marcelo Barros, filho dela e do ex-deputado Roberto Djalma, secretário geral do PMDB local, para o DEM. Foi um dos mais votados e teria somado bastante na legenda, que cada vez, vai ficando mais franzina em nossa cidade. Até nos votos de legenda perdeu para o PP, que não teve nem candidato a vereador. Se não fosse D. Delia teria passado vergonha.
O nosso vice-governador acreditou na “escrita” de que o Governo sempre fez o prefeito de Dourados. Queria o apoio dos líderes, mas nunca apareceu com eles. Só aparecia com o governador. Dava a entender que todos deveriam votar nele pela competência. Nem precisava pedir votos. Será que novamente queria ganhar sozinho?
Agora é agüentar as cobranças do governador. E lembrar que até os milagres de Jesus não eram feitos sem os beneficiados pedirem.
Ao prefeito eleito Ari Artuzi, fica a esperança de que os compromissos assumidos sejam cumpridos. Claro que não será fácil, assim como foi a eleição. Ganhar foi fácil, tocar é que é difícil.
Agora é pegar a vassoura e começar a limpeza, pois há muito tempo não varrem em frente das nossas casas.

Um comentário:

  1. Braz, o Ari continua dando lição de como se faz política, bem, infelizmente ou felizmente o grande agua boa continua elegendo e derrubando prefeitos, e a lição continua sendo dada, lembram-se dos candidatos que se diziam representantes do Grande Água Boa? Quantos se elegeram? É se alguém do bairro se elegeu poucos sabem, e daqui uns dias será mais um que vai cair no esquecimento, porque? Simples, eles se elegem e depois pensam que o povo tem a obrigação de ficar correndo atraz deles, e o Ari dias atraz vi ele andando nas ruas do BNH 4º Plano agradecendo os que votaram e os que não votaram nele, e voto se conquista assim, antes e durante campanhas eleitoral. Coisas que muitos passaram e não voltam mais, graças a Deus.

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