quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Rio 2016 e Lula lá

Braz Melo (*)

Depois de muita disputa, foi escolhida a cidade do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016. Pela terceira vez o Rio pleiteava sediar esta honraria, que muitos não acreditavam em seu êxito, já que tentamos em 2004 e 2012.
A decisão foi na cidade de Copenhague, capital da Noruega e estavam na disputa, pelo direito de sediar esta importante Olimpíada as cidades de Tókio, Madri, Chicago e Rio de Janeiro. Pela diferença de fuso horário, muita gente acordou cedo para assistir a festa que foi armada para a escolha da cidade-sede.
Diversas autoridades prestigiaram este evento e a defesa de Chicago ficou pelo seu maior representante, presidente Barack Obama, que além de maior mandatário de seu país, foi em Chicago que iniciou sua vida publica. Todos temiam a força e influência norte-americana, mas foi eliminada na primeira votação.
Na segunda rodada de votação Tókio foi eliminada.
Sobraram então Madri e Rio. A capital da Espanha, Madri, foi defendida pelo Rei Juan Carlos e a defesa do Brasil foi feita pelo presidente Lula que fez um discurso que emocionou não só os brasileiros, mas também a todos os povos que assistiram. Creio que foi uma defesa do projeto mais bem feita, pois além de provar a nossa capacidade de realização deste evento, demonstrou quanto era importante, pela primeira vez, a America do Sul ter uma Olimpíada.
No inicio da tarde, depois de quase dez horas de muita emoção, veio a proclamação do resultado. Rio de Janeiro tinha ganhado a honra de sediar a Olimpíada de 2016.
Não se pode negar do trabalho feito pessoalmente pelo Presidente Lula, que apostou todas as fichas em premiar o Brasil com este evento. Apesar da cidade do Rio de Janeiro ser a escolhida, todo o Brasil ganha com isso. Só um homem que perdeu três eleições seguidas e que acabou se tornando Presidente da Republica, poderia ter esta persistência e determinação.
Não foi à toa que perseguimos esta conquista, que logo depois da Copa do Mundo em 2014, será o maior espetáculo que um povo poderia assistir e também participar. Participar, porque a cidade terá de se preparar, não só com obras e serviços, mas os milhares de voluntários se prepararão com afinco e carinho para receber milhões de pessoas que virão para assistir e cobrir este evento especial.
Serão R$ 29 bilhões investidos em obras para esta Olimpíada, sem contar com os investimentos feitos para a Copa do Mundo de futebol em 2014.
Imagino logo serem criados “pólos de treinamentos” em diversas cidades do país para preparação de atletas em esportes que disputarão nesta Olimpíada. As cidades de Santa Catarina sempre foram campeãs no vôlei feminino e poderão sediar um desses pólos neste esporte. Até nós de Dourados poderemos pleitear um pólo, quem sabe de taekwondo, esporte marcial que já tivemos campeões. A Prefeitura deve ficar em alerta e se colocar a disposição do Comitê Olímpico Brasileiro, pois faltam sete anos para o evento.
Voltando ao trabalho do Lula sobre esta conquista, relembro a estória de que quando Napoleão Bonaparte ia invadir um país, no inicio do século 19, ao escolher seus comandantes dessa batalha, reunia seu Comando Geral e perguntava quem eles indicavam para chefiar aquela contenda. Logo após o Comando ter chegado a uma escolha, lia o seu “curriculum”: General Fulano de Tal, formado com louvor desde a escola primária; primeiro lugar no concurso para oficiais na melhor escola de Paris; ajudou a conquista de diversas batalhas, etc e etc... Depois de toda a leitura de suas habilidades, Napoleão perguntava: E ele tem sorte?
Pois é isso. Tem de ter sorte, pois sem sorte, não dá.
Com estas conquistas da Copa do Mundo no Brasil em 2014 e com as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, o presidente Lula teve sorte e se prepara substancialmente para ser o primeiro presidente de três mandatos eletivos, com sua volta em 2014.

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