quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Meu Celular

Braz Melo (*)

As minhas filhas Gisella e Mirella me deram de presente pelo Dia dos Pais um novo telefone celular. Daqueles que além de ligar e receber ligações, você tem condições de ouvir musica, radio FM, ver TV e até mandar e receber e-mail. Sem teclas aparentes, pois é do tipo touch screen tem um peso de 90 gramas. Uma beleza.
O presente já veio atrasado, pois demoraram a ir ao país “hermano” para escolherem o dito cujo. Aproveitaram o cambio baixo e desde quando chegou, estou tentando aprender como funciona o aparelho. O manual dele vem em inglês e em mandarim, já que a procedência dele é a China. Se em inglês já é difícil entender os termos técnicos, imagina aquela grafia chinesa, que parece mais pisado de mosca.
Nesse período que estou tentando aprender como funciona esta maravilha da comunicação moderna, fico pensando como evoluiu nos últimos anos esse setor.
Os mais antigos lembram que há três décadas, ficávamos horas para conseguir uma ligação telefônica de Dourados para o resto do país. Dependendo da urgência, tínhamos de ir a Campo Grande, de carro, para conseguir este intento. E lá tínhamos de entrar na fila no centro telefônico, para finalmente falar.
Hoje tudo isso mudou. Em qualquer lugar de nossa região você fala com o mundo inteiro através da telefonia celular.
Quem não se lembra do seu primeiro celular? Eu lembro que isso aconteceu comigo nos idos de 1990 e até hoje recordo que era difícil de conseguir uma linha de celular, que custava o olho da cara. O primeiro celular que eu usei, foi emprestado por um amigo, o Frederico Oto, que tinha conseguido adquirir três aparelhos no primeiro plano de vendas e que me cedeu um por um período, até que abriu novos planos e consegui comprar uma linha. Lembro até hoje o numero e que tinha o final 1208. O aparelho era um Motorola grande e pesado, o famoso tijolão, mas que me prestou um serviço enorme. Pelo seu tamanho e peso, mais tarde ficou também conhecido como orelhão portátil.
Em 1996, ao viajar para os Estados Unidos, verifiquei que lá, os aparelhos celulares já eram vendidos por um dólar para quem comprava uma linha. O importante para as empresas de telefonia portátil são as ligações feitas. Hoje, um pouco mais de dez anos depois, já acontece isso no Brasil. E tem planos para todo gosto. O de cartão é o mais usado, principalmente pela população de media e baixa renda.
Um amigo me falou anos atrás que mesmo sem dinheiro, o homem comum, nunca deixa de ter o seu aparelho celular. Como exemplo me mostrou um senhor de sandálias tipo havaianas, que ia passando empurrando uma bicicleta com pneu furado e ele me disse: “Olha ali. Sem dinheiro para consertar o pneu da bicicleta, mas falando pelo celular”. Ele tinha razão. Hoje o celular é fundamental para aquele que deseja se comunicar. E como dizia o Abelardo “Chacrinha” Barbosa: “Quem não se comunica se estrumbica”.
O Distrito Federal é a unidade da federação com maior numero de celular por habitantes: 1,5 celulares por habitante. Outros três estados brasileiros já romperam a barreira de um celular por habitante: nosso Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Muitas famílias já cancelaram seus números fixos e usam somente celulares até em casa, pois é mais fácil o controle, principalmente para quem tem adolescente em casa. Ninguém agüenta pagar impulso telefônico com uma filha namorando ao telefone. Compra-se um crédito e o filho se vira para chegar ao fim do mês.
Sem duvidas, o setor das comunicações do Brasil foi um dos que mais se desenvolveu. A tecnologia avançou, aumentando a capacidade da memória, como a alcance das antenas e diminuindo o tamanho dos aparelhos. Sofisticou tanto que a única coisa que falta é que se precisa fazer um curso intensivo para aprender a manusear os celulares.

2 comentários:

  1. O Luiz Azambuja passou uma mensagem lembrando que , logo no inicio da era do celular, fui a São Paulo e comprei três tijolões. Um pra ele, outro pro Shinzuke Ono e outro pra mim. Diz ele que custava R$ 590,00 cada um. No outro dia que dei os celulares, liguei pro Luiz e perguntei se estava tudo bem de aparelho novo, o que me respondeu que sim. Liguei pro Ono e este não atendeu. Estava fora de area. Procurei o Ono eperguntei porque não atendia e ele, encantado com o presente, tinha gurdado na caixa. Disse pra ele que era pra usar e aí fomos descobrir que ele tinha guardado dentro do cofre. Que preciosidade...

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  2. Olá. meu amigo vou lhe dizer o seguinte, esse á tal da tecnologia avançada, por isso é que resolvi me matricular no curso de Tecnologias na Educação - Ensinando e Aprendendo com as TICS - curso a distância- pelo MEC - NTEM - 2ªoferta. Temos que sempre estar nos reciclando, com relação ao avanço tecnológico em nosso país, cujos avanços nos é alcançado do Japão ou China. Essa é a tal da importação. Abraços...

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