quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Procurando o Cruzeiro do Sul

Braz Melo (*)

Dourados tem crescido bastante, haja vista, que ao sair de casa às sete da manhã, demoramos algum tempo nas travessias de ruas para chegar ao trabalho. Aí que vemos quanto está movimentado nossa cidade. Não é pra menos, pois são mais de 87 mil veículos licenciados pelo DETRAN em nossa cidade.
No ultimo fim de semana, aproveitando o feriado da segunda feira, tive a oportunidade de junto com boa parte da família e amigos, conhecer um local que valeu a pena, principalmente pelas horas tranqüilas que ali passamos. É a Pousada Canindé, que fica a 40 quilômetros de Jardim, na descida da Serra de Maracajú.
Localizada a 160 quilômetros de Dourados, ainda no município de Maracaju, é um lugar para conhecer com a família. São doze bangalôs que abrigam em torno de 50 pessoas com o conforto e simplicidade que precisamos quando saímos de nossa casa. Pra mim, que sou extremamente caseiro e urbano, não deve ter muita diferença de nossa casa. E lá é assim.
Os proprietários, Jaci e Enilda Alves de Lima sabem receber muito bem. Jaci é bioquímico e tinha aqui o Laboratório São Marcos. Resolveu aproveitar a fazenda da família e tocar este novo empreendimento. Contrataram o projeto arquitetônico aos arquitetos douradenses Alessandro Machado e Fabiano Forucho, que projetaram tudo que precisa em uma pousada. Uma sede que funciona a cozinha com fogão, forno à lenha e restaurante, onde se tem uma vista panorâmica da região. No projeto, usaram da natureza tudo que ela pode dar sem agredir o meio-ambiente. Toda a madeira foi aproveitada da fazenda, sem derrubar nenhuma. Só usaram as que já tinham caído pelas mãos do Criador. E o local, com os morros ao fundo parece uma pintura.
Saímos daqui às dez horas da manhã do domingo e chegamos lá ao meio-dia para almoçar. Já tinha um carneiro assado e peixe ensopado à nossa espera. Arroz, feijão e saladas diversas no acompanhamento. De sobremesa, doces caseiros.
À tarde fomos para a cachoeira do Rio Canindé, que fica a 850 metros da sede. Tem uma altura de 23 metros que cai numa inclinação de 60 graus, o que faz a gente ficar muito tempo com a água batendo em nossas costas. Não tem massagem melhor.
No jantar foi servido um arroz carreteiro, que, de gula, comemos demais e tivemos, eu e Anete, de caminharmos bastante para fazer a digestão.
À noite quis reunir os netos para mostrar-lhes o céu, já que podíamos ver todas as estrelas, coisa que aqui em Dourados nós não mais podemos ver por causa da iluminação da cidade. Era um desejo meu mostrar o Cruzeiro do Sul para a garotada, mas eles estavam entretidos em diversas brincadeiras. Ainda bem que não vieram, pois não lembrava onde localizaria no céu. Fica pra próxima. Na primeira oportunidade faça isso com seu filho. Ele vai ficar feliz.
Depois de tanto exercícios, fomos dormir cedo. Não eram dez horas e já estávamos na cama.
No bangalô tem água quente, frigobar e o colchão nos fizeram sentir em casa.
Na segunda feira acordamos cedo e o café da manhã já estava servido. Além do arroz carreteiro do jantar, tinha um café reforçado com ovo caipira. Aquele com a gema vermelhinha.
Após o café, a garotada foi andar à cavalo e uma turma voltou para a cachoeira, enquanto outros foram conhecer outras cachoeiras menores da fazenda.
Logo deu a hora do almoço e lá estava outro carneiro e porco assados, acompanhados de feijão tropeiro, arroz e salada à vontade. E tome doce caseiro.
Infelizmente chegou a hora da partida. A volta foi bem mais rápida, pois já conhecíamos o caminho.
Se você tiver interessado e passar um fim de semana agradável como nós passamos, entre no site www.pousadacaninde.com.br, mas antes, veja no céu onde fica o Cruzeiro do Sul.

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