quarta-feira, 18 de março de 2009

Os novos médicos de Dourados

Braz Melo (*)
Estive na Prefeitura de Dourados outro dia para resolver problemas particulares e tive a oportunidade de conversar um pouco com alguns assessores. Pena que o Ari não estava lá, mas creio que seus assessores passaram as idéias e sugestões para ele.
Havia oito anos que eu não ia até lá. Já tinha sido convidado pelo ex e pelo atual, mas faltava oportunidade.
Lembramos que já estavam formando a quarta turma de médicos na nossa UFGD. E recordei que quando iniciou o curso aqui não tinha estrutura alguma. Faltava tudo.
Ao ver a lista de formandos, reconheci muito poucos.
Faculdade de Medicina é igual fábrica de Coca Cola. São poucas as cidades que tem esse privilegio. E hoje Dourados é conhecida também pela sua Faculdade de Medicina.
Quando do vestibular, vem gente de todos os lugares do Brasil e até dos países vizinhos. Principalmente por ser uma escola pública que além de ter um ótimo ensino, é gratuita.
E a maior preocupação é que nós não temos nenhuma residência em nossa cidade para que os futuros médicos possam se especializar. Por causa disso a grande maioria vai fazer essas residências em Campo Grande, Presidente Prudente ou São Paulo. E pesquisas nos garantem que noventa por cento onde os formandos fazem suas residências, é lá que eles prestam seus serviços como médicos.
Dos quarenta e quatro médicos aqui formados, somente quatro ficariam por aqui, confirmando as pesquisa feita em outros lugares.
E acompanhando o noticiário, fiquei sabendo que a Universidade Federal da Grande Dourados está necessitando da Câmara de Vereadores e da Prefeitura de Dourados para contratar diversos funcionários.
É a oportunidade que temos para oferecer melhores estruturas e criarmos em nossa cidade, pelo menos duas residências. Quem sabe uma de Homeopatia, em que nossa cidade é referencia nacional nesta especialidade e de Clínica Médica, que vai auxiliar em muito o Programa de Saúde da Família, pois temos diversos núcleos funcionando.
E lembro que o salário deste profissional é quase ou mais do que ganha um secretário municipal. Além de outras residências que poderão funcionar no próprio Hospital Universitário.
Conheço médicos que foram fazer especialização em Presidente Prudente ganhando R$ 900,oo por mês.
E a Prefeitura pode pagar muito melhor estes profissionais durante as residências e até no internato, como foi feito há dez anos com as Enfermeiras Padrões. Aprenderam recebendo e prestaram serviços notáveis para a comunidade.
Se conseguirmos isto, Dourados será a Cuba brasileira.
Desta maneira, tenho certeza que teremos profissionais de reposição à altura dos que hoje atendem a população.
Claro que a atual administração demorará um tempo para resolver estes problemas de saúde. Vai demorar, principalmente para termos novamente o agendamento de consultas rápidas pelo telefone, como era há oito anos.
A maioria dos pacientes tem cinqüenta por cento de sua doença curada quando ele é bem atendido. O Dr. Luiz Alexandre é um exemplo dessa técnica, assim como os decanos Mario de Almeida e Issao Motomiya. Tratam todos com um carinho especial.
O Dr. Maranhão, com sua paciência de Jó e sabedoria de Salomão, há muito tempo atende Anete, minhas filhas e até a mim. Muito mais que Ginecologista, ele passou a ser realmente, o médico da família.
É importante que quando das futuras turmas de formandos de nossa Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Grande Dourados estiverem recebendo seus diplomas, tenhamos médicos que já conheçam seus pacientes, como hoje são os Doutores Luiz Machado, Norival Dourado e tantos outros que prestam esse serviço inestimável a nossa comunidade.
E tenho certeza, quando recebermos o convite destas turmas, conheceremos mais os formandos e seus pacientes conhecerão e se orgulharão de seus médicos.

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