Braz Melo (*)
Tenho visto muita lorota fazerem algumas pessoas serem execradas da sociedade e só mais tarde a historia se redimir daquilo que inventaram deles.
Foi assim com Juscelino Kubitcheck, que diziam que era poderoso, pois tendo sido Prefeito de Belo Horizonte, Governador do Estado de Minas Gerais, Presidente da Republica e Senador muitos acreditavam que era um homem riquíssimo. Ledo engano, pois ao morrer deixou poucos bens materiais para a sua família.
Outro que ouvíamos que era abastado foi o ex-ministro Mario Andreaza. Sendo homem de confiança do governo militar e que através de sua batuta construiu-se grandes obras pelo Brasil inteiro, muitos achavam que ele se aproveitava de sua força para proveito próprio. Ao morrer, a imprensa noticiou que seus familiares receberam dos amigos ajuda financeira para que fosse realizado seu funeral.
Contam a mesma coisa de Rui Barbosa e tantos outros que tiveram projeção principalmente na política e que a historia só mais tarde conseguiu ser verdadeira com os seus descendentes.
Lembra do caso do Ministro Alcenir Guerra? Inventaram tantas coisas dele, mas que com bravura, conseguiu provar o contrário e dar a volta por cima.
O Presidente da Câmara dos Deputados Ibsen Pinheiro foi cassado, ficou no ostracismo um período. Voltou a ser candidato e obteve a maior votação da historia do Rio Grande do Sul.
Uns conseguiram recuperar sua idoneidade em vida, mas a grande maioria só teve esse reconhecimento após a morte.
Isso tem acontecido não só na política, mas também no nosso dia a dia. Quantos já ouviram o cochichar de pessoas sobre a melhoria financeira do vizinho? Onde tem mais de três pessoas, tem pelo menos um pensando mal do outro. Vejo isso dentro de qualquer comunidade, seja política, esportiva e até dentro das igrejas existe a desconfiança dos comandados aos mandatários.
Nenhum mandatário pode comprar um carro novo sem que alguns comandados questionem o porquê e como o chefe conseguiu adquirir aquele bem. Isso acontece até dentro da família, onde um irmão sente inveja ou despeito de outro. Infelizmente é a verdade. E isso vem desde Abel e Caim.
No futebol, ouço sempre quando um jogador é negociado, que o dirigente foi o que mais ganhou nesta transação. Será que isso é o normal? Ontem mesmo, na convocação da seleção brasileira de futebol pelo Dunga, houve diversos comentários que fulano de tal só foi convocado pelo interesse deste. Que o outro não foi chamado porque beltrano não tinha interesse. Na época de Copa do Mundo, faltando 30 dias para o inicio desta competição, esse assunto é palpitante e inspirador. O que no inicio, era só palpite passa a ter crédito. E a mentira acaba virando verdade.
Normalmente, a população confunde aquele que tem o poder de solucionar e resolver situações de uma família, agremiação, cidade ou estado com aquele que quer resolver estas pendências pensando em beneficiar-se.
Temos de evitar esse conceito. Procurarmos nos policiarmos mais, para que não acreditemos em tudo que ficamos sabendo. O diabo está aí solto e querendo a desgraça de todos nós. E ele nos quer confundir, criando discórdia entre os filhos de Deus.
Por isso é bem atual aquele ditado antigo: ”Nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que balança cai”.
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